A injeção de hidrogénio nas redes de gás natural

Em 2021, a injeção de hidrogénio nas redes de gás natural estava a ser amplamente discutida como uma das possíveis soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a transição para uma economia de baixo carbono. A injeção de hidrogénio nas redes de gás natural envolve misturar hidrogénio ao gás natural convencional, geralmente metano, antes de ser distribuído para os consumidores finais.

Existem várias formas de realizar essa injeção de hidrogénio, dependendo do tipo de gás natural e das características da rede. As três principais são:

  • Injeção direta de hidrogénio
  • Blending (Mistura)
  • Substituição do gás natural

Existem desafios técnicos e económicos associados à injeção de hidrogénio nas redes de gás natural. O hidrogénio possui propriedades diferentes do gás natural, incluindo a menor densidade energética, maior inflamabilidade e tendência a causar fragilização em certos materiais. Portanto, é importante garantir que a infraestrutura existente seja compatível com o uso de hidrogénio.

Além disso, o custo de produção de hidrogénio limpo e a escala necessária para implementar a injeção em larga escala são questões importantes a serem consideradas. O hidrogénio verde, produzido a partir de fontes de energia renovável através da eletrólise da água, é considerado uma opção mais sustentável em comparação com o hidrogénio cinza ou azul, que é produzido a partir de fontes fósseis com captura e armazenamento de carbono.

Embora a injeção de hidrogénio nas redes de gás natural tenha o potencial de ajudar na transição para uma economia de baixo carbono, é importante que seja implementada com cuidado, levando em consideração os aspetos técnicos, económicos e ambientais para garantir a segurança e eficácia dessa abordagem. Desde 2021 até o presente (2023), espera-se que mais pesquisas e experimentos sejam realizados para melhor entender os desafios e oportunidades associados a essa tecnologia.